5 de nov. de 2011

Salmo 18

1 Eu te amo, ó Senhor, força minha.

2 O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador; 
o meu Deus, o meu rochedo, em quem me refúgio; 
o meu escudo, a força da minha salvação, e o meu alto refúgio.

3 Invoco o Senhor, que é digno de louvor, 
e sou salvo dos meus inimigos.

4 Cordas de morte me cercaram, 
e torrentes de perdição me amedrontaram.

5 Cordas de Seol me cingiram, laços de morte me surpreenderam.

6 Na minha angústia invoquei o Senhor, 
sim, clamei ao meu Deus; 
do seu templo ouviu ele a minha voz; 
o clamor que eu lhe fiz chegou aos seus ouvidos.

7 Então a terra se abalou e tremeu, 
e os fundamentos dos montes também 
se moveram e se abalaram, porquanto ele se indignou.

8 Das suas narinas subiu fumaça, 
e da sua boca saiu fogo devorador; 
dele saíram brasas ardentes.

9 Ele abaixou os céus e desceu; trevas 
espessas havia debaixo de seus pés.

10 Montou num querubim, e voou; 
sim, voou sobre as asas do vento.

11 Fez das trevas o seu retiro secreto; o pavilhão 
que o cercava era a escuridão das águas e as 
espessas nuvens do céu.

12 Do resplendor da sua presença saíram, 
pelas suas espessas nuvens, saraiva e brasas de fogo.

13 O Senhor trovejou a sua voz; e havia saraiva e brasas de fogo.

14 Despediu as suas setas, e os espalhou; 
multiplicou raios, e os perturbou.

15 Então foram vistos os leitos das águas, 
e foram descobertos os fundamentos do mundo, 
à tua repreensão, Senhor, ao sopro do vento das tuas narinas.

16 Do alto estendeu o braço e me tomou; 
tirou-me das muitas águas.

17 Livrou-me do meu inimigo forte e daqueles 
que me odiavam; pois eram mais poderosos do que eu.

18 Surpreenderam-me eles no dia da minha 
calamidade, mas o Senhor foi o meu amparo.

19 Trouxe-me para um lugar espaçoso; 
livrou-me, porque tinha prazer em mim.

20 Recompensou-me o Senhor conforme a 
minha justiça, retribuiu-me conforme a 
pureza das minhas mãos.

21 Pois tenho guardado os caminhos do Senhor, 
e não me apartei impiamente do meu Deus.

22 Porque todas as suas ordenanças estão diante 
de mim, e nunca afastei de mim os seus estatutos.

23 Também fui irrepreensível diante dele, 
e me guardei da iniqüidade.

24 Pelo que o Senhor me recompensou conforme 
a minha justiça, conforme a pureza de minhas 
mãos perante os seus olhos.

25 Para com o benigno te mostras benigno, 
e para com o homem perfeito te mostras perfeito.

26 Para com o puro te mostras puro, 
e para com o perverso te mostras contrário.

27 Porque tu livras o povo aflito, mas os 
olhos altivos tu os abates.

28 Sim, tu acendes a minha candeia; 
o Senhor meu Deus alumia as minhas trevas.

29 Com o teu auxílio dou numa tropa; 
com o meu Deus salto uma muralha.

30 Quanto a Deus, o seu caminho é perfeito; 
a promessa do Senhor é provada; 
ele é um escudo para todos os que nele confiam.

31 Pois, quem é Deus senão o Senhor? 
e quem é rochedo senão o nosso Deus?

32 Ele é o Deus que me cinge de força 
e torna perfeito o meu caminho;

33 faz os meus pés como os das corças, 
e me coloca em segurança nos meus lugares altos.

34 Adestra as minhas mãos para a peleja, 
de sorte que os meus braços vergam um arco de bronze.

35 Também me deste o escudo da tua salvação; 
a tua mão direita me sustém, e a tua clemência me engrandece.

36 Alargas o caminho diante de mim, e os meus pés não resvalam.

37 Persigo os meus inimigos, e os alcanço; 
não volto senão depois de os ter consumido.

38 Atravesso-os, de modo que nunca mais 
se podem levantar; caem debaixo dos meus pés.

39 Pois me cinges de força para a peleja; 
prostras debaixo de mim aqueles que 
contra mim se levantam.

40 Fazes também que os meus inimigos 
me dêem as costas; aos que me odeiam eu os destruo.

41 Clamam, porém não há libertador; 
clamam ao Senhor, mas ele não lhes responde.

42 Então os esmiuço como o pó diante do vento; 
lanço-os fora como a lama das ruas.

43 Livras-me das contendas do povo, 
e me fazes cabeça das nações; um povo 
que eu não conhecia se me sujeita.

44 Ao ouvirem de mim, logo me obedecem; 
com lisonja os estrangeiros se me submetem.

45 Os estrangeiros desfalecem e, tremendo, 
saem dos seus esconderijos.

46 Vive o Senhor; bendita seja a minha rocha, 
e exaltado seja o Deus da minha salvação,

47 o Deus que me dá vingança, e sujeita os povos debaixo de mim,

48 que me livra de meus inimigos; sim, tu me exaltas sobre 
os que se levantam contra mim; tu me livras do homem violento.

49 Pelo que, ó Senhor, te louvarei entre as nações, 
e entoarei louvores ao teu nome.

50 Ele dá grande livramento ao seu rei, 
e usa de benignidade para com o seu ungido, 
para com Davi e sua posteridade, para sempre.


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